CAMAÇARI SEUS ARTISTAS E SUA ARTE
Por: Diego Copque
A cultura de qualquer sociedade consiste na soma total e organização de ideias sentimentos e emoções, condicionadas a padrões de comportamentos habituais, em que seus membros adquirem seja pelas instruções ou pelas imitações em que todos, em maior ou menor grau, participam. A cultura não fica parada ela não é estática, é constantemente transformada, e acrescentada pelas inovações e descobertas.
Criado em 1995, no antigo cinema de Camaçari, o Grupo de Teatro Caeba foi instituído, prioritariamente, como ferramenta de distribuição dos saberes culturais. No mesmo ano foi criada a Fundação Cultural Ca&ba.
O primeiro trabalho teatral escrito para ser apresentado na rua pelo Ca&Ba trazia, no seu texto, conteúdo de cunho proibido naqueles tempos que ia de encontro a tudo que se propunha fazer na arte de rua. Portanto o Grupo Ca&Ba teve como sua primeira montagem–Cidadania –a obra autoral do seu criador e Director Wilson Oliveira Bizerra e concebido para apresentações nas ruas.
Com o espectáculo Cidadania, o grupo passou a fazer parte das programações do recém-criado Movimento de Teatro Popular de Rua da Bahia liderado pelo Gueto Poético de Salvador e os grupos Porão do Riso e Lindro Amor de São Francisco do Conde, trazendo este movimento para Camaçari e Dias D`Ávila nos anos de 1998 e 1999.
A partir da sua criação e do sucesso alcançado nas ruas, a proposta do grupo foi influenciando outros artistas a conceberem seus grupos. Foi o caso do Cio da Terra e Resistência, entre outros grupos em Camaçari, além de novos grupos que surgiram pelo Estado da Bahia, já que nos festivais que o grupo participava deixava sua marca diferenciada.
Final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Camaçari como um bom e velho celeiro das artes forjou inúmeros artistas e movimentos artísticos e culturais, como a Associação dos Artistas de Camaçari (AARTCA), a Coopera Rock, a Companhia de Teatro Ca & Ba, a Associação dos Músicos de Camaçari, a Filarmônica 28 de Setembro, o Bando do Padim vô, o Coletivo Espermacete de Barra do Pojuca, o Grupo de Capoeira Inclusiva (GCI). Surgiram inúmeras bandas de música (Cactus, Art, Plys, Strelar, Lilás, Clube de Patifes, Ladrões Engravatados, Pernas Cabiludas).
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